Um grito que se repete de geração em geração |
Desde abril de 1974 que temos a feliz experiência de vivermos em liberdade, manancial glorioso; aqueles, muitos, que nasceram durante a ditadura e a maioria que, afortunadamente, não conheceu esses tempos de má memória, do confinamento da identidade cívica.
“Não há machado que corte a raiz ao pensamento”, verso poderoso que, simbolicamente, representa o garrote da ditadura e o promissor horizonte da liberdade.
Porque os cravos somos nós que os fazemos |
Figuras heroicas da resistência ao Estado Novo são-nos geograficamente muito próximas (Salgueiro Maia, Humberto Delgado). Emocionalmente, civicamente, vivem connosco. Admiramos o seu altruísmo, a sua ousadia, a sua coragem em dizer NÃO, num tempo em que assumir a heterodoxia punha em perigo a vida pessoal, familiar e profissional. E a própria vida.
Salgueiro Maia viveu alguns anos em Tomar e o “General Sem Medo” nasceu no concelho vizinho de Torres Novas.
Com a participação da Universidade Sénior de Tomar |
Celebrar a liberdade e o que ela possibilita a cada um e a cada uma na sua caminhada existencial é, mais que um pulsar de cidadania, uma obrigação moral. E se a esse desígnio se associar a fruição artística (a música, o canto, a dança, o teatro, as artes plásticas), o encantamento vai muito além da brevidade das coisas. E fica enraizado em cada um e em cada uma, no longo pulsar da memória.
Um espetáculo em forma de "ensaio" |
Neste âmbito, a Tuna Sabes Cantar (um notável projeto artístico do Agrupamento de Escolas Nuno de Santa Maria, prestes a comemorar 29 anos de existência, composto por atuais e antigos professores, funcionários, encarregados de educação e antigos alunos) tem apresentado, ao longo dos anos, no Cineteatro Paraíso, espetáculos de admirável envergadura artística, de celebração do 25 de Abril e do que este dia representa na construção do mundo novo, livre e moderno, que trouxe aos cidadãos deste país.
A Tuna Sabes Cantar a cantar a Liberdade |
Lado a lado, com casa sempre cheia, com a Tuna Sabes Cantar, participa nos espetáculos a Prata da Casa (composta por atuais alunos) e um plural coletivo de artistas convidados.
A Prata da Casa a celebrar as canções de Abril |
O belíssimo espetáculo deste ano antecipa a celebração dos 50 anos da revolução de Abril. E, por isso mesmo, teve como título “O Ensaio”, composto por magníficos momentos de criatividade artística, de reflexão. E de encantamento para o vasto público.
A diretora do AENSM, o delegado Regional de Educação e a coordenadora do PNA |
E, no dia 26 de abril, no mesmo local, realizou-se uma outra e igualmente feliz festa da democracia e da cidadania, com o “Celebrar o 25 a 26 no Paraíso”, organizada pelo Projeto Humanidades +, desta vez para todas as turmas do 6.º, 9.º e 12.º anos do Agrupamento.
O cartaz realizado pelos alunos |
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Canta-me como foi |
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