Nos dias 9 e 10 de fevereiro, os alunos das turmas 10ºC, 11ºF e 12ºA2, acompanhados por quatro professores do Grupo de Artes Visuais (José Morgado, Carlos Matos, Antónia Rodrigues e Fernando Mendes), realizaram uma frutuosa visita de estudo a três polos culturais de excelência, na cidade do Porto.
No primeiro dia, o grupo teve a oportunidade de conhecer a Casa da Música, numa visita guiada, “incrível” pelos seus “quatro cantos”, incluindo o Pequeno e Grande Auditório. O edifício é, em si mesmo, uma estrutura emblemática, um ícone da cidade do Porto. Projetada pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas, a Casa da Música foi aclamada internacionalmente. O jornal New York Times classificou-a como a melhor criação do arquiteto, “um edifício cujo ardor intelectual está combinado com a sua beleza sensual”. Custou 111,2 milhões de euros e ficou concluída quatro anos depois do prazo inicial previsto, em 2005.
A Casa da Música possui dois auditórios principais: o auditório grande tem uma capacidade de 1 238 lugares; o auditório pequeno pode ter uma média de 300 lugares sentados e 650 lugares de pé. No topo do edifício, existe um terceiro espaço para espetáculos, projetado para 250 lugares.
Aliado ao encantamento estético, a excelente visita guiada despertou no grupo o desejo profundo de assistir a um espetáculo naquele espaço fabuloso da capital nortenha.
Após o almoço, no começo da tarde luminosa de fevereiro, o magnífico Museu de Serralves e a Fundação homónima, ladeada pelos seus harmoniosos e luxuriantes jardins. No Museu, o grupo apreciou demoradamente as exposições de Maria Antónia Leite e de Paula Rego; a exposição-viagem pelo mundo criativo de Agustina Bessa-Luís, autora de uma vastíssima obra (A Sibila; Vale Abraão..., muitas, também, obras-primas do cinema português, pela mestria de Manoel de Oliveira, decano da sétima arte nacional) e um dos maiores vultos da literatura do século XX português, agora que se completam os 100 anos do seu nascimento e, por último, as criações artísticas de Cindy Sherman, fotógrafa e diretora de cinema norte-americana sendo, também, um ícone da arte pós-moderna.
E, por último, no mesmo espaço, a admirável exposição de esculturas e de instalações do premiado escultor Rui Chafes. Para chegar às obras apresentadas, o grupo passou por uma sala escurecida, na penumbra, tendo apenas um pequeno feixe de luz, como que a indicar a direção certa do caminho a seguir. A metáfora, da noite para a luz. Nas esculturas de Rui Chafes, a admiração pelas suas criações tão versáteis e originais; moldadas em ferro, um metal robusto e pesado, ao primeiro olhar a impressão de grande leveza e plasticidade.
Depois, a noite, no merecido descanso dos “guerreiros”. A noite da cidade “de timbre pardacento”, de Carlos Tê, na voz rouca de Rui Veloso, agora, na Pousada da Juventude da cidade. E, “porque não há noite que não sucumba à aurora”, o amanhecer auspicioso, que tudo prometia, com a vista fantástica para a Foz do Douro.
No Museu Soares dos Reis, o museu público mais antigo de Portugal (criado em 1833), o grupo pôde apreciar o vastíssimo espólio em exposição, nomeadamente a pintura de Aurélia de Sousa, artista plástica de renome, inserida no primeiro modernismo português. Contemporânea de figuras míticas como Amadeo de Souza-Cardoso, Santa-Rita Pintor, Almada Negreiros, entre muitos outros criadores, esta pintora luso-chilena destaca-se não só pela sua originalidade e versatilidade mas, também, por fazer sobressair a sua condição de mulher, na sociedade muito conservadora da época.
Uma palavra muito especial para o Leonardo Pereira, antigo aluno da ESSMO, agora a frequentar o ensino superior no Porto. Amigo e solidário, acompanhou o grupo durante os dois dias, assumindo o papel de cicerone dedicado e competente.
No regresso a Tomar, sobre a ponte da Arrábida, alguns trauteavam o Anel de Rubi, canção icónica da dupla Carlos Tê e Rui Veloso.
Uma excelente e muito frutuosa visita de estudo. Uma bela viagem.
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