“Quem habita este planeta não é o Homem, mas os homens. A pluralidade é a lei da Terra.”
Hannah Arendt (filósofa alemã, séc. XX)
Nunca como agora, nestes tempos difíceis de combate à terrível pandemia da Covid-19, foi tão importante celebrar a Terra e a sintonia dos homens que dela usufruem, cuja pluralidade torna mais rica, mas muito mais desafiante a tarefa.
Foi assim que nasceu a ideia de comemorar o Dia Mundial da Terra, numa sintonia de homens: alunas e alunos de algumas turmas de 7º Ano, com as suas professoras de Português, Ciências Naturais e Cidadania e Desenvolvimento.
No âmbito da disciplina de Português, os alunos puseram em prática os conhecimentos que tinham acabado de adquirir sobre o género dramático da Literatura e produziram textos muito interessantes, que ilustraram em Cidadania.
Ora leiam e apreciem!
Prof.ª Ana Cristina Sousa
Ariana e a Terra
Personagens:
Ariana; Planeta Terra; Estrela Luna
(A cena passa-se no espaço, no planeta Terra – prado verdejante.)
Uma chuva de estrelas surge e Ariana, uma menina extraterrestre, decide aproveitar e dançar com as estrelas cadentes e descer até à terra.
Terra (Radiante) – Uau! Novamente uma noite maravilhosa! Adoro esta chuva de estrelas! (de repente, fica intrigada) Mas… (pausa) que estrela aquela, tão estranha…
Ariana – Iupi! Iupi! Fabuloso! Adoro este carrossel!
Estrela Luna - Tem cuidado, Ariana, segura-te bem, se não ainda podes cair.
Ariana (Gritando) – Não te preocupes. Se cair, cairei num planeta lindo, verde e azul.
(de repente, um solavanco maior e a Ariana solta-se da cauda da estrela Luna.)
Estrela Luna (gritando, aflita) – Ariaaana!!! Ariaaana!!!
Ariana (feliz) – Não te preocupes, Luna, irei cair bem.
Terra (aflita seu saber o que fazer) – Ai, ai, ai, que vem ali na minha direção.
Ariana – Terra linda, aqui vou eu!
Nesse momento Ariana cai num prado coberto de margaridas e mesmo em cima de uma ovelha fofinha coberta de lã branca.
Ariana (abrindo os olhos) – Ai meu Deus, estou no céu! Mesmo no meio de uma nuvem!
Terra (movendo-se devagarinho) – Menina, menina, que raio de coisa foi esta de te largares da cauda da estrela cadente?
Ariana (curiosa) – Mau, alguém falou para mim? (falando para os seus “botões”) Se estou no céu, quem está a falar para mim? Esta nuvem?
Entretanto a ovelha, sobre a qual a Ariana tinha caído levantou-se e começou a andar.
Ariana (com medo) – Para, para! O que é isto?
Terra (já um pouco aborrecida) – Ó menina, tu ainda não percebeste que estás em cima de um animal que estava a fazer o seu descanso noturno?
Ariana - Mas quem fala para mim?
Terra – Eu! A terra, aquela que tanto desejavas conhecer.
Ariana (com curiosidade e amável) – Aquele planeta verde e azul lindo que todos os dias ansiava conhecer?!
Terra – Esse mesmo! Estás na terra, mais precisamente num campo de margaridas com um rebanho de ovelhas que estavam a dormitar.
Ariana – Que bom! (radiante) Tu és linda! Posso correr e saltou aqui? Posso deitar-me sobre estas flores tão pequenas, mas também tão bonitas?
Terra (compreensiva) – Sim, podes! (mudando de tom) Mas, atenção, não faças como os meus humanos, que só me destroem.
Ariana (incrédula) – Destroem? Como assim? Como podem destruir um planeta tão lindo?
Terra (triste) – Com muita poluição.
Ariana – E tu deixas?
Terra – Já não tenho força para o impedir. (concluindo) Mas descansa, em breve todos os humanos terão a certeza que com os seus atos só se prejudicam. O mundo nunca mais voltará a ser o mesmo.
Clara Martins Gomes - 7ºC
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