“Quem habita este planeta não é o Homem, mas os homens. A pluralidade é a lei da Terra.”
Hannah Arendt (filósofa alemã, séc. XX)
Nunca como agora, nestes tempos difíceis de combate à terrível pandemia da Covid-19, foi tão importante celebrar a Terra e a sintonia dos homens que dela usufruem, cuja pluralidade torna mais rica, mas muito mais desafiante a tarefa.
Foi assim que nasceu a ideia de comemorar o Dia Mundial da Terra, numa sintonia de homens: alunas e alunos de algumas turmas de 7º Ano, com as suas professoras de Português, Ciências Naturais e Cidadania e Desenvolvimento.
No âmbito da disciplina de Português, os alunos puseram em prática os conhecimentos que tinham acabado de adquirir sobre o género dramático da Literatura e produziram textos muito interessantes, que ilustraram em Cidadania.
Ora leiam e apreciem!
Prof.ª Ana Cristina Sousa
O Planeta Terra
Personagens:
• Planeta Terra
• Extraterrestre
1º Ato
Cena I
(O planeta Terra diz para consigo.)
Terra: Ah! Que sozinha que eu estou! Nem quem vive em mim se lembra que eu existo! Se ao menos tivesse alguém com quem falar, desabafar...
A atmosfera está cheia de gases tóxicos, as minhas águas estão poluídas, os Homens destroem as florestas, sinto-me doente e triste, porque os humanos que vivem em mim, me destroem. Ah! Se ao menos alguém reparasse em mim.
Cena II
Terra e Extraterrestre
(Nesse preciso momento, a Terra vê uma nave a aproximar-se)
Terra: Hum, que estranho, que nave é aquela que se aproxima?
(A nave aterra sem causar danos e dela sai um ser brilhante.)
Extraterrestre: Saudações. Eu sou um viajante galático, que anda de planeta em planeta. É uma honra finalmente poder visitar a Terra!
Terra: Mas com quem será que ele está a falar? Não está ninguém aqui!
Extraterrestre: Estou a falar contigo, Terra.
Terra: Comigo? Mas tu consegues ouvir-me?
Extraterrestre: Claro que sim. Sabes, eu venho de um sítio em que todos têm o dom de comunicar com outros planetas.
Terra: Mas isso é fantástico! Aposto que os ajudam muito.
Extraterrestre: A maior parte da minha espécie desperdiça o seu dom e não o aproveita. Sou um dos poucos que partiu para ajudar outros planetas. Mas chega de conversa, estou aqui para te ajudar.
Terra: Como é que sabes que preciso de ajuda? O que sabes do que os Homens fizeram comigo? Do lixo que está dentro de mim? Da poluição das minhas águas e dos animais que todos os dias morrem? Sabes como me sinto?
Sinto que sou um depósito de lixo e isso deixa-me doente… Todos os dias morro mais um pouco!
Extraterrestre: Sabes, os Homens julgam-se muito inteligentes, julgam-se poderosos, pensam que têm muito poder tecnológico, mas na maioria das vezes são insensíveis, não pensam, e vivem em guerra.
Se continuarem a agir dessa maneira, chegará o dia em que a água potável se irá esgotar, em que haverá fome e doenças terríveis. Só nessa altura é que darão valor à VIDA.
Terra: Como pensas ajudar-me? Sabes que há muito para fazer e que os Homens não querem esforçar-se … A não ser que…
(A Terra aproxima-se do Extraterrestre, olham-se por momentos e depois ela diz-lhe algo ao ouvidos. Os dois sorriem.)
Extraterrestre e Terra: Sim! Vamos tentar salvar o mundo.
António Carvalho – 7ºA
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