“Quem habita este planeta não é o Homem, mas os homens. A pluralidade é a lei da Terra.”
Hannah Arendt (filósofa alemã, séc. XX)
Nunca como agora, nestes tempos difíceis de combate à terrível pandemia da Covid-19, foi tão importante celebrar a Terra e a sintonia dos homens que dela usufruem, cuja pluralidade torna mais rica, mas muito mais desafiante a tarefa.
Foi assim que nasceu a ideia de comemorar o Dia Mundial da Terra, numa sintonia de homens: alunas e alunos de algumas turmas de 7º Ano, com as suas professoras de Português, Ciências Naturais e Cidadania e Desenvolvimento.
No âmbito da disciplina de Português, os alunos puseram em prática os conhecimentos que tinham acabado de adquirir sobre o género dramático da Literatura e produziram textos muito interessantes, que ilustraram em Cidadania.
Ora leiam e apreciem!
Prof.ª Ana Cristina Sousa
A Doença da Terra
(Cenário: O fundo encontra-se totalmente escuro, com pequenos pontos luminosos que simbolizam estrelas.)
(Entram duas personagens. Uma pessoa vestida de Planeta Terra e outra de Planeta Vénus. Encontram-se no meio do palco e dão um grande abraço, como se não se vissem há muito tempo.)
Cena I
Terra: Olá, meu grande amigo, como tens passado?
Vénus: Muito bem e tu? Como tens passado?
Terra: Se queres que te diga, ando a passar um mau bocado.
Vénus: Então o que tens?
Terra (triste): De vez em quando dá-me umas dores de barriga que tu nem imaginas. Agora têm sido cada vez mais fortes e contínuas.
Vénus: E porque não vais ao médico?
Terra: Claro! Porque não pensei nisso antes? É isso mesmo que eu vou fazer. Obrigada. Aiiiii! (contorcendo-se, apertando a barriga com os braços.)
Vénus (preocupado): O que foi?
Terra: Nada, só mais uma dor de barriga.
Vénus: Isso está mesmo mau, tens mesmo de ir ao médico! Queres que vá contigo?
Terra: Não, não é preciso eu vou sozinha, mas obrigada na mesma.
Cena II
(Entra uma pessoa vestida de Sol)
Sol: Olá, Terra, disseram-me que estavas com dores de barriga?
Terra: Sim, é verdade, senhor doutor. Eu gostava que visse o que eu tenho para me livrar destas dores de uma vez por todas.
Sol: Ok. Então vamos lá, deita-te aqui. (começou a examiná-la.)
(Ao lado do Sol estava uma cama de Hospital)
Sol: Querida amiga, já sei o que tens. Tu tens um caso raro de popolupuipiçãopão.
Terra: Desculpe, mas tenho o quê?
Sol (solta uma risada discreta): Um caso raro de poluição.
Terra: Mas isso é o quê mais concretamente, senhor doutor?
Sol: Digamos que tens dentro de ti uns “humanuzinhos” que te estão a poluir por dentro. Digamos que os “humanuzinhos” estão a fazer-te muito mal e a provocar-te essas terríveis dores de barriga. Percebes?
Terra: Sim, percebo, senhor doutor. Mas como é que me livro desta doença, senhor doutor?
Sol: Então, para te livrares dessa doença, tens de tomar este comprimido e esperar um pouco. O que o comprimido faz é dar um alarme aos “humanuzinhos”, que estão a fazer demasiada poluição. Se pararem, volta tudo ao normal e deixas de ter as dores de barriga.
Terra (depois de engolir um comprimido pequeno e redondo): Obrigada, senhor doutor sinto-me muito melhor.
Clara Martins - 7ºG
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