No âmbito do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, decorreu, no anfiteatro da ESSMO, uma sessão de trabalho subordinada ao tema “Métodos e técnicas para um estudo autónomo e eficiente”, dinamizada pelo Dr. Telmo Ribeiro, psicólogo.
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Prof.ª Lina Damásio, uma das promotoras da sessão |
Com a duração prevista de sessenta minutos, esta ação iniciou-se às 18 horas, mas acabou por se prolongar até depois das 20:30, fruto do interesse e participação despertados.
Estiveram presentes quase 70 Enc. de Educação
(alguns acompanhados pelos seus educandos) e cerca de uma dezena de professores.
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Auditório cheio |
Começou, o dr. Telmo Ribeiro, por fazer um pequeno truque de ilusionismo, fazendo desaparecer, à vista de todos, um lenço vermelho. Instalou-se a surpresa e uma certa incredulidade. Magia? Ilusionismo? Espetáculo de variedades?
Afinal, o que o orador queria demonstrar, é que tal como na vida, também na educação não há passes de magia. Mas há alguns truques! e que se forem bem feitos, até parecem "magia"!
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Não há passes de magia! Mas pode haver truques... |
A motivação estava feita e a ideia tinha passado. Eficazmente!
Ao longo de mais de duas horas falou-se da necessidade absoluta de estimular a definição de objetivos, de levar os "miúdos" a assumirem metas, enfim, de haver um projeto de vida que enquadre as pequenas conquistas e relativize os inevitáveis falhanços de quem está a caminhar em direção a algo.
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Um auditório muito atento. |
Abordou-se ainda a questão da importância da motivação para o sucesso dos alunos, e distinguiram-se os dois tipos de motivação: intrínseca e extrínseca. No ouvido ficou uma frase que faz todo o sentido e que esteve quase a servir de título a este artigo:
«O querer leva ao saber.»
Sublinhou ainda o dr. Telmo Ribeiro que
«importa não facilitar em demasia a vida dos jovens. "A necessidade aguça e engenho" e é absolutamente necessário que os mais novos sejam responsabilizados e "obrigados" a encontrar soluções para os problemas com que se vão deparando.»
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Dr. Telmo Ribeiro |
Foi também destacada a ideia de que os Enc, de Educação devem colocar a tónica no esforço e não no resultado. Nesta fase da vida, importará sempre muito mais o que o aluno fez (ou "não fez"!) para atingir um determinado resultado do que o resultado absoluto em si mesmo. E recordou o orador que às vezes um 70% é muito mais valioso que um 98%. Depende do que o aluno fez para atingir um resultado e o outro.
Falou-se a seguir de uma série de equívocos, alguns deles muito perigosos, relativamente às "Explicações" e aos "Centros de Estudo". Falou-se dos telemóveis no quarto e dos telemóveis ao lado dos livros de estudo (e percebeu-se que a resposta é liminarmente: "NÃO!"). Falou-se outra vez da missão da escola (que é a de formar) e da responsabilidade da família (que é a de educar) - ainda que possam trocar de papéis de vez em quando! Falou-se dos diversos tipos de memória e de inteligência... Falou-se... falou-se... E já era bem tarde quando se deu terminada a sessão (embora não se tenham acabado as conversas e as trocas de ideias logo ali).
Uma excelente sessão de trabalho, muito bem conduzida, com uma audiência particularmente envolvida e interessada e com uma temática essencial.
Quem não foi... talvez possa ir da próxima vez!
JPVasconcelos
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