Oficina de Artes – 12.º C
A exposição “Rostos Camonianos” visa comemorar os 500 anos do nascimento do poeta Luís de Camões, uma figura de extrema importância para a literatura portuguesa.
Cada busto não é apenas um rosto, é o reflexo da poesia camoniana, os rostos das figuras reais e fictícias que compõem “Os Lusíadas”, obra que tanto enriqueceu a nossa cultura portuguesa.
Na disciplina de Oficina de Artes, em articulação com as disciplinas de Português e Desenho, explorámos a conexão entre a expressão artística, a cultura e a história da nossa sociedade, bem como na forma como nos relacionamos e percecionamos a nossa realidade e identidade.
A nossa história, que pretendemos representar e homenagear com este projeto, mostra um conhecimento imprescindível, que devemos analisar, para que possamos viver em comunidade de forma harmoniosa.
Convidamos assim todos a explorar esta exposição, onde a expressão artística se entrelaça com a rica poesia camoniana, um marco na história da literatura portuguesa.
A nossa história, que pretendemos representar e homenagear com este projeto, mostra um conhecimento imprescindível, que devemos analisar, para que possamos viver em comunidade de forma harmoniosa.
Convidamos assim todos a explorar esta exposição, onde a expressão artística se entrelaça com a rica poesia camoniana, um marco na história da literatura portuguesa.
Vasco da Gama
A viagem de Vasco da Gama rumo ao Oriente é o tema principal d’Os Lusíadas, de Camões. Logo no canto I, no consílio dos deuses, decide-se o destino dos portugueses - a chegada à Índia. Com o apoio da deusa Vénus, e de Júpiter, a frota do Gama atingirá o seu objetivo.![]() |
Vasco da Gama |
No final da epopeia, na Ilha do Amores - que funciona como prémio ou recompensa pela bravura dos portugueses - Vasco da Gama casa, simbolicamente, com a ninfa Tétis.
D. Pedro I
Esta personalidade, que nasceu a 8 de abril de 1320, em Coimbra, e veio a falecer em 18 de janeiro de 1367, em Estremoz, aparece no canto III, d’Os Lusíadas, bem como a sua amada, Inês de Castro.
Este canto fala de uma triste e trágica história de amor, em que a relação amorosa deles termina com a trágica execução de Inês de Castro.
D. Pedro I, rei de Portugal, apelidado de Justiceiro ou Cruel, ficou conhecido pela atenção dada à justiça e pelo amor por Inês de Castro que, depois de morta, foi rainha.
Inês de Castro
Inês de Castro Na grandiosa obra “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, é narrada e descrita, de forma emocionante, a história de amor entre Inês de Castro e D. Pedro I. Esta história esteve repleta de ventura e tragédia, visto que estes amores não eram bem-vistos pela sociedade da época. O Patriotismo, terá sido o principal fator que contribuiu para a morte de Inês, pois, o povo, e sobretudo a nobreza, opunha-se à ascensão dos seus filhos como potenciais sucessores ao trono, devido às suas raízes espanholas que poderiam ameaçar a independência da nação.
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D. Inês de Castro |
D. Afonso IV, pai de D. Pedro I, acabou por ordenar o degolamento de Inês pelos “horríficos algozes”: Pêro Coelho, Álvaro Gonçalves e Diogo Lopes Pacheco, que também encontraram o seu fim pelas mãos de D. Pedro I.
Após o seu assassinato, Inês fora coroada Rainha de Portugal em 1361, no Mosteiro de Santa Clara, por ordem de seu amante, o rei D. Pedro I.
“Traziam-na os horríficos algozes
Ante o Rei, já movido a piedade;
Mas o povo com, falsas e ferozes
Razões, à sua morte crua o presuade.
Ela, com tristes e piedosas vozes,
Saídas só da mágoa e saūdade
Do seu Príncipe e filhos, que deixava,
Que mais que a própria morte a magoava”
Canto III, estância 124
Adamastor
N’Os Lusíadas, de Camões, o Adamastor é a personificação das superstições e dos medos que impediam os navegadores portugueses de dobrar o Cabo das Tormentas e de alcançar a passagem para a Índia.
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Adamastor |
Nesta epopeia, o Adamastor é caracterizado pelas suas dimensões gigantescas, pelo seu rosto carregado, pela barba esquálida, pelos olhos encovados, pelos cabelos desgrenhados, crespos e cheios de terra, pela boca negra e pelos dentes amarelos. Estes aspetos físicos contribuem para uma visão medonha deste gigante.
Apesar de todas as condições adversas provocadas pelo Adamastor, a tripulação de Vasco da Gama venceu o monstro, o que permitiu a alteração do nome do cabo para "Cabo Da Boa Esperança".
Este episódio demonstra bem a coragem, a força e a bravura do povo lusitano, o herói principal d'Os Lusíadas.
Tétis
Tétis é uma ninfa presente na obra “Os Lusíadas”, uma divindade marinha e imortal, que, simbolicamente, casou com Vasco da Gama (prémio).
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Tétis |
Os aspetos marítimos foram representados nesta escultura através da estrela-do-mar e a onda do mar no seu ombro. A sua divindade está expressa nos olhos fechados para lhe atribuir um ar sereno e elegante.
Bárbara, a Cativa
Este busto representa Bárbara, uma cativa por quem Camões se apaixonou numa viagem pela Índia aquando da expansão marítima.
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Bárbara Escrava |
Segundo as palavras de Camões, Bárbara tem feições singulares, doces e meigas apesar de cansadas devido, provavelmente, ao trabalho árduo que faz enquanto escrava. Contudo, o poeta descreve-a de forma a evidenciar a sua beleza (tez escura e olhos pretos) que, embora não obedecendo ao protótipo de mulher renascentista, é superior à beleza das flores ou das estrelas.
Apesar do seu nome – Bárbara, nome de escrava –, esta mulher por quem o poeta está “cativo” porque a ama, não se assemelha a uma escrava.
Cristóvão Colombo
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Cristóvão Colombo |
Sabe-se que foi comandante da frota espanhola que chegou às terras do “Novo Mundo”, em 12 de outubro de 1492. Acreditando ter alcançado as Índias pelo caminho do Ocidente, morreu sem saber que encontrara terras de um novo continente, na região da atual América Central.
Velho do Restelo
O Velho do Restelo é uma personagem introduzida por Luís de Camões, entre as estrofes 94 e 104, do canto IV, da sua obra Os Lusíadas. O Velho do Restelo é variamente interpretado como símbolo dos pessimistas, dos que não acreditavam no sucesso da epopeia dos Descobrimentos Portugueses, para o Oriente, e surge aquando da primeira expedição à Índia com avisos sobre a odisseia que estaria prestes a acontecer.
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O Velho do Restelo |
No episódio, narra-se a partida de Vasco da Gama aos mares (a saída do porto, ainda em Portugal). Um ancião (o Velho do Restelo) põe-se então a acusar as viagens e os ocupantes das naus, sob o argumento de que os temerários navegadores, movidos pela cobiça de fama, glória e riquezas, procuravam desastre para si mesmos e para o povo português.
Luís Vaz de Camões
Este busto em barro representa Luís de Camões, um dos maiores poetas da literatura portuguesa. Com uma expressão serena e profunda, o busto evoca a dignidade e a intensidade de um homem cuja obra imortalizou a história e as tradições do seu país.![]() |
Luís Vaz de Camões |
Camões é retratado com a barba característica e o olhar contemplativo, refletindo a sua alma de artista e de pensador. A peça busca refletir não apenas a imagem física de Camões, mas também a sua grandeza literária – Os Lusíadas e as Rimas – e a herança que deixou para as futuras gerações.
Catarina de Ataíde Da Gama
Catarina de Ataíde da Gama, uma figura pouco conhecida, mas fundamental e indispensável, na vida de Vasco da Gama, e protagonista d’Os Lusíadas (como representante do povo português).
Catarina nasceu em 1470 (em Portimão, Faro) e faleceu em 1535. Ela casou-se com Vasco da Gama, 3.º Vice-Rei e 6.º Governador da Índia, aproximadamente em 1499 e tiveram 8 filhos e 2 filhas.
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D. Catarina de Ataíde da Gama |
Catarina de Ataíde era uma senhora muito devota e de rara beleza. Alguns historiadores indicam que ela foi a grande paixão da juventude de Luís de Camões, embora existissem outras senhoras com o mesmo nome na corte, naquela época.
O que se conhece é que houve uma Catarina de Ataíde a quem Camões dedicou vários poemas, embora com o nome de Natércia.
Dinamene
Dinamene é um dos interesses românticos que Camões teve, uma mulher chinesa descrita como sendo belíssima. O poeta ter-se-á apaixonado por ela durante uma das viagens ao Extremo Oriente e que, tendo morrido num naufrágio, foi por ele personificada na figura da ninfa marinha.
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Dinamene |
Entre os diversos poemas que lhe dedica, refiro estes versos de um deles:
“Ah, minha Dinamene assi deixaste
Quem não deixara nunca de querer-te!”.
Nesta obra, o seu amor por Camões ficou simbolizado por um “brasão” no seu peito, do lado esquerdo que é o lado do coração.
Francisca de Aragão
Francisca de Aragão nasceu no século XVI, em Portugal, e pertencia à nobreza portuguesa. Mais conhecida pelo seu casamento com Jorge de Albuquerque, importante fidalgo português, que tornou Francisca num elo importante nas redes de poder da nobreza portuguesa.
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D. Francisca de Aragão |
Esta personalidade foi uma figura significativa no contexto político e social da época, tendo um desempenho no papel da manutenção das alianças familiares e na estabilidade social da corte.
Francisca de Aragão está profundamente ligada ao papel das mulheres da nobreza portuguesa do século XV, tendo sido considerada, por alguns, mais uma musa inspiradora de Camões.
Francisca de Aragão está profundamente ligada ao papel das mulheres da nobreza portuguesa do século XV, tendo sido considerada, por alguns, mais uma musa inspiradora de Camões.
Os alunos do 12ºCProf.ª Antónia Rodrigues
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