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domingo, 9 de dezembro de 2018

Carta de outono

Querida mãe:

Como uma folha de Outono, levada da minha mão pelo vento, assim desapareceste tu de mim, sem uma razão, sem um simples adeus. Apenas foste, sem deixar rasto.

Talvez passes por mim sem que eu o saiba, talvez sem mesmo tu o saberes. O que sei é que desapareceste das minhas mãos, foste com o vento, deixaste-te levar.

Mas, olha, o vento ainda não me levou.

Caiu uma nova folha a meu lado, uma folha igualmente bonita, talvez até mais forte.
Mas não é a mesma coisa! Falta algo, algo que só tu me poderias ter dado. Davas-me inspiração quando pintavas ou desenhavas, fazendo-me acreditar que quando crescesse, acontecesse o que acontecesse, eu poderia ser única, ser especial.

Mas, como uma folha, foste com o vento!

Beijos da tua folha de outono mais nova que te guarda com saudades desde 2016…

8º ano
Foto recolhida em http://superiorflooring.ca
Música: Banda sonora do filme Pan's Labyrinth

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Há palavras de que não gosto

Quase...



Não gosto da palavra quase. É insuficiente, não é completa e são poucas as vezes que a dizemos por algo positivo.

Por exemplo, vamos imaginar que passei um fim-de-semana inteiro a estudar para um teste pois precisava de tirar mais de noventa para, no final do período, ter a nota que queria... Fazia o teste, e até me corria bem... Quando o professor o entrega eu tenho oitenta e sete! Foi quase o que precisava, quase que atingi os meus objetivos, mas para mim foi insuficiente.
Quase que estava lá mas não chegou!

Tem os seus prós e contras, como tudo nesta vida, mas isso não faz com que goste dela. 
É boa se eu disser “Quase que ia perdendo o autocarro”, é positivo pois apesar de quase o ter perdido, apanhei-o na mesma.

Acho que tudo tem de ser completo, e ou é ou não é. Devíamos tirar a palavra “quase” do nosso vocabulário pois a maioria das vezes faz de nós menos quando somos mais.

Maria Inês Sousa
9ºG