quarta-feira, 30 de junho de 2021

Metodologia DEMOLA

A metodologia DEMOLA foi criada e desenvolvida na Finlândia e  está a ser implementada e vendida por todo o mundo. Em Portugal, houve uma série de Institutos Politécnicos que aderiram ou estão em processo de adesão a esta metodologia: uma dessas instituições foi o IP de Tomar.

De forma a diversificar e a enriquecer todo o processo (e porque a própria metodologia o prevê), o IPT convidou os Agrupamentos de Escolas (de Tomar) a participar neste projeto. O AENSM participou com 8 alunos e um professor (Luís Colaço), para um total de mais de 300 formandos a nível nacional.

O prof. Luís colaço, os 8 alunos do 12º ano, e a Diretora do AENSM

O projeto previa que a determinado momento a metodologia DEMOLA fosse posta em prática, implementando-a na resolução de problemas efetivos e concretos das pessoas.

Nesta metodologia, os "Facilitadores" (professores do Secundário e do Superior que acompanharam as equipas) ajudam a identificar os problemas que as empresas, instituições, comunidades, precisam de resolver. E são os alunos (do Secundário e do Superior) que perspetivam - em "Equipas" - as hipóteses de resolução ou propostas de solução, tentando chegar a um cenário que será apresentado à organização (o "Partner") que quer ultrapassar a dificuldades identificada.

O "cenário de resolução" está protegido por direitos de autor e se outras empresas, organizações, ou comunidades quiserem implementar as soluções propostas, terão que pagar "royalties" (custos de copyright).

Estas equipas eram constituídas por alunos do Ensino Superior (de diferentes Institutos Politécnicos) e por alunos do Ensino Secundário (de diversos Agrupamentos), havendo alunos de diversas nacionalidades e em diferentes contextos.

A Diretora, Maria Celeste Sousa, quis agradecer publicamente ao professor Luís Colaço que, como sempre, se mostrou disponível para abraçar estes projetos inovadores e impulsionadores da diferenciação pedagógica. Deixou também uma palavra de reconhecimento aos 8 alunos que aderiram ao projeto e que permitiram que o AENSM fosse o único agrupamento de Tomar com alunos participantes num projeto que, indiscutivelmente, ajuda a preparar melhor os adultos de amanhã. 

Aqui fica uma brevíssima apresentação dos projetos em que estiveram presentes alunos do AENSM / ESSMO:


"Are you becoming a Z city?"

Projeto classificado em 2º lugar a nível local

Facilitador: Shilá Fernandes (ESJR)

Parceiro: CM Tomar (Ana Soares)

Equipa: Margarida Almeida (ESSMO), Rita Sousa (ESSMO), Ângela Rodrigues (IPT), Yifan Zhang (China - Erasmus)

Margarida Almeida (ESSMO)

Problema: Falta de interesse dos jovens em Tomar e envelhecimento da cidade.

Solução: Criação de um departamento na Câmara e de um website para responder e ajudar jovens no começo das suas vidas e dos seus negócios. Criação de um gabinete camarário e uma plataforma facilitadora da criação de novas empresas.

Rita Sousa (ESSMO)



''Designing incubators for the future''

Facilitadora: Olinda Sequeira (IPT)

Parceiro: Start Up de Torres Novas (Helena Caetano) e CMTN.

Equipa: Carlos Ricardo Correia (IP Tomar), Marlin Ramos (Cuba - Erasmus), Gabriela Pascoal (IP Tomar); Sofia Du (ESSMO)

Sofia Du (ESSMO)

Problema: O nosso desafio era tentar encontrar ou prever  uma possível maneira do funcionamento das incubadoras no futuro (porque atualmente já foram alteradas devido à pandemia e à evolução tecnológica) e assim conseguirem corresponder às exigências do mercado.

Solução encontrada: Nós seguimos o caminho da solução descritiva onde foi proposto um cenário ideal (por exemplo prever os possíveis conjuntos de empreendedores que estarão interessados nas Start ups, profissionais que irão ser procurados por estas empresas) e um outro cenário oposto (por exemplo menos contacto entre as pessoas).



"Show your smile again"

Facilitador: Luís Colaço (AENSM) e Célio Marques (IPT)

Parceiro: CM Tomar

Equipa: Filipa Bento (ESSMO), Ana Raquel (ESSMO) e Andreia Batista (ESSMO), Asmila (Erasmus), Ana Catarina (IPT) e Bruna (IPT)

Filipa Bento (ESSMO)

Problema: O nosso projeto centrava-se todo à volta dos impactos negativos associados ao Covid19 num contexto escolar, respetivamente à forma como os alunos, professores, auxiliares e famílias se encontravam num stress-pós traumático.

Andreia Batista (ESSMO)

Solução: Como o nosso projeto anda todo muito à volta das emoções, a maior parte das nossas soluções tem a intervenção de psicólogos. Pensamos que poderiam ser criados grupos para toda a comunidade escolar partilhar os seus medos e problemas. Também pensamos em criar uma aplicação onde houvesse um psicólogo e quem assim o quisesse poderia falar num grupo dentro da aplicação ou mesmo individualmente com o psicólogo, haveria também grupos sem psicólogos só para conviver pois é outra coisa que faz muita falta nesta altura. Um aspeto que iria diferenciar esta aplicação é que o registo teria de ser feito com o cartão de cidadão, para que ninguém pudesse mentir em relação à idade e outros aspetos.  Por último ainda pensamos em fazer danças de rua para que toda a comunidade pudesse participar.

Ana Raquel (ESSMO)



"Legumes and food future trends"

Facilitador: Dina Mateus (IPT)

Parceiro:  Inov’Linea - Taggusvalley

Equipa: Vasim Tana (Turquia - IPT); Jacinta Bruno (IPT); Bruna Magueta (IPT); Joana Ribeiro (IPT); Oleksandr Karashchenko (Ucrânia - IPT); Mariana Teixeira (ESSMO)

Mariana Teixeira (ESSMO)

Problema: O nosso projeto consistia em analisar como as leguminosas serão usadas e produzidas tendo em consideração as tendências alimentares futuras.

Solução: No final do projeto, após termos analisado diversos fatores, sendo um dos principais a sustentabilidade, concluímos que o aumento do consumo e a produção das leguminosas depende maioritariamente do conhecimento da sociedade e produtores em relação aos seus benefícios.



"One more bike, a better life"

Facilitador: Júlio Silva (IPT)

Parceiro: CIMT (Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo)

Equipa: Alunos do IPT e do Politécnico de Abrantes e Tomás Costa (ESSMO)

Tomás Costa (ESSMO)

Problema: O nosso problema baseia-se na reduzida taxa de mobilidade sustentável do concelho de Tomar, uma vez que o nosso concelho é dos que tem um relevo com declive menos acentuado da região.

Solução: Como solução percebemos que ainda existe muito a fazer, a começar por mudar a mentalidade das pessoas, criando infraestruturas, por exemplo parques para bicicletas na escola ou até mesmo um sistema de bike-sharing.



No final, houve ainda tempo para fazer um balanço de carácter mais geral sobre a participação dos alunos neste tipo de projetos e os oito representantes da ESSMO foram unânimes (e veementes) sobre o grande interesse que estes projetos inovadores e "inesperados" têm para os jovens do secundário.

A Mariana Teixeira, por trás de um sorriso aberto (e um bocadinho nervoso) lá reconheceu que no início estava "assustada", porque não sabia com quem ia trabalhar e que "eles" eram todos mais velhos e do Ensino Superior. Mas que depois... "foram todos muito simpáticos e muito acolhedores e que ao longo do projeto todos colaboraram e foi tudo muito bom! E no fim, ficou um grupo de amigos, em que ninguém se achou superior aos outros e que todos cooperaram muito e muito bem."
E ainda arriscou: "Se pudesse, repetia tudo outra vez!"


Por sua vez, a Margarida Almeida, mais extrovertida e confiante, prestou tributo à facilitadora que acompanhou o seu grupo (Shilá Fernandes) reconhecendo que foi um elemento fundamental para criar espírito de grupo e de confiança recíproca em todos os elementos da equipa. E disse ainda: "Acho que a nossa escola tem feito muito por nós em tentar com que participemos nestes projetos e iniciativas, para que nós possamos ter uma experiência muito boa como alunos da escola. Acho que ficamos a dever isso à nossa escola."

E quando lhes perguntei o que diriam aos colegas que não participaram, a resposta do Tomás Costa foi simples, curta e muito clara:
"Para a próxima... participem!"

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