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A discriminação no desporto não é um tema de novo. O desporto é, aliás, visto como uma forma de mitigar e de atenuar essa discriminação. Apesar disso e apesar de o desporto servir muitas vezes também para isso, a atividade desportiva é também palco para este tipo de situações.
O desporto é, tradicionalmente, um setor dominado pelos homens e os progressos em matéria de igualdade entre mulheres e homens nesta área são dificultados pelas construções sociais de feminilidade e masculinidade, que muitas vezes associam o desporto a características «masculinas», como a força física e resistência, a velocidade e um espírito altamente competitivo e por vezes conflituoso. As mulheres que se dedicam à prática desportiva são vistas como «masculinas» e os homens que não se interessam por desporto seriam considerados «pouco masculinos».
Os estereótipos de género prevalecentes afetam não só a participação das mulheres na tomada de decisão nas organizações desportivas, mas também a sua participação nas mesmas. Os papéis masculinos e femininos tradicionais poderão ditar quantas horas as mulheres dedicam às responsabilidades familiares, o que pode repercutir‑se na quantidade de tempo que sobra para as atividades desportivas. O Índice de Igualdade de Género do EIGE mostra claramente que as mulheres dedicam mais tempo às atividades familiares, em comparação com os homens, e participam menos em outras atividades sociais, como as atividades desportivas, culturais ou de lazer.
Para além disso, outro exemplo claro da discriminação das mulheres no desporto passa pela diferença abismal de pagamento e condições para a evolução dos atletas. Mesmo tendo em conta que o desporto masculino move mais capitais e, por conseguinte, consegue oferecer melhores condições aos atletas, isto põe em causa a igualdade de oportunidades. Como é que é possível atingir a equidade no desporto se as oportunidades de não são iguais para todos?
Um exemplo desta gritante desigualdade é um torneio de padel com o reconhecimento da própria federação portuguesa de padel, onde pelo mesmo preço de entrada o prémio masculino corresponde ao dobro do feminino.
Este tratamento desigual já dura séculos, e por muitos avanços e progressos que tenham sido feitos através de movimentos feministas nos últimos anos, continua a existir misoginia em todos os aspetos da sociedade, seja no mundo do trabalho, desporto ou lazer, por conseguinte ainda existe um longo caminho a percorrer para atingir esta ideia utópica da igualdade de género.
Para além disso, outro exemplo claro da discriminação das mulheres no desporto passa pela diferença abismal de pagamento e condições para a evolução dos atletas. Mesmo tendo em conta que o desporto masculino move mais capitais e, por conseguinte, consegue oferecer melhores condições aos atletas, isto põe em causa a igualdade de oportunidades. Como é que é possível atingir a equidade no desporto se as oportunidades de não são iguais para todos?
Um exemplo desta gritante desigualdade é um torneio de padel com o reconhecimento da própria federação portuguesa de padel, onde pelo mesmo preço de entrada o prémio masculino corresponde ao dobro do feminino.
Este tratamento desigual já dura séculos, e por muitos avanços e progressos que tenham sido feitos através de movimentos feministas nos últimos anos, continua a existir misoginia em todos os aspetos da sociedade, seja no mundo do trabalho, desporto ou lazer, por conseguinte ainda existe um longo caminho a percorrer para atingir esta ideia utópica da igualdade de género.
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