Ao longo de 10 anos, percebi que não existia aquilo que sempre assumi como garantido. Em terras e lugares não tão distantes, não havia rainhas, nem heroínas… A desinência “-a” desaparecia frequentemente entre negócios e interesses… Citando Virginia Wolf, “Durante a maior parte da história, anónimo era uma mulher”. Agora, vemos parte dela a perder-se novamente nas garras do medo e do abuso de poder. Em pleno século XXI, a educação não é um direito universal, a política continua a ser um mundo de homens, há pessoas sem controlo absoluto do seu próprio corpo, o mesmo corpo que é mais visto como sexual do que como arte, realizam-se práticas desumanas, associam-se géneros a coisas que não o têm, vários direitos humanos são violados e renegados… Por quanto mais tempo vamos tolerar isto?
Descendemos de uma longa e poderosa geração que nos deixou um legado, a nós, gerações vindouras, filhas e filhos de mulheres e homens carismáticos que lutaram para termos um lugar na mesa. Conseguiram reivindicar os nossos direitos. Agora, são nossos por nascença. São nossos por elas e por eles. Não será nosso dever usar a voz em prol do que estes nossos antepassados conquistaram e usá-la para defender aqueles que foram silenciados? Para que as próximas gerações não o tenham de fazer e para que se sentem à mesa, tal como fizemos…?
E, assim, hoje reforçamos a convicção de que o Feminismo não é um movimento exclusivo de mulheres. Independentemente das suas variantes democráticas, é um movimento heterogéneo e em constante evolução, político, filosófico e social que tem como objetivo alcançar a paridade de géneros através do empoderamento feminino e, especialmente, do reconhecimento desse poder (já existente) pela sociedade. O Feminismo inclui todos os géneros e sexualidades. Defende que todas as mulheres, de todas as cores, feitios e personalidades, sejam respeitadas por aquilo que são: seres humanos. No entanto, esta noção aparentemente radical tem vindo a ser mal interpretada. Mas, mesmo assim, como continuo a acreditar que são palavras e ideias que mudam o mundo, pergunto-me: afinal, o que é justo?
O ser Feminista é defender o direito da liberdade de escolha. Reserva a todas as mulheres a oportunidade de tomar decisões e de fazer escolhas que talvez não faríamos para nós. O feminismo tanto apoia mulheres cujo sonho é ser mãe, como outras que decidem abortar. O feminismo não subscreve o aborto, mas antes o poder de decisão. Sonha com um futuro em que as mulheres não têm poder absoluto, mas, sim, poder sobre si próprias. Um futuro com menos limitações e mais oportunidades.
O Feminismo não é uma luta entre géneros. Trata-se de, através da educação, reconhecer estereótipos e o sexismo enraizado na nossa sociedade, de modo a que, de forma inclusiva e inovadora, possamos evoluir juntos da melhor maneira possível.
O ser Feminista é sonhar com um futuro em que o movimento em si se torna irrelevante, por ter sido inteiramente concretizado. Um futuro onde não andamos a contar quantas líderes mulheres há em relação a homens. Se alguém ocupa esse cargo, é exclusivamente por mérito e não pelo seu género, cor ou sexo. Um futuro onde não há líderes femininos nem masculinos. Apenas líderes.
O Feminismo centra o holofote em temas adormecidos e casos perdidos entre as folhas do tempo, tal como vamos ver ao longo desta semana. É por eles que se quebra o silêncio. Hoje, a 1 de Março de 2022, começamos mais um ciclo: 6 temas, 18 histórias de mulheres inesquecíveis, várias mulheres portuguesas icónicas… Vamos viajar por entre décadas e pelo mundo em 8 dias, graças a uma equipa incrível de alunos e professores. 8 dias por 8 biliões de pessoas. O Feminismo é por e para todos.
Descendemos de uma longa e poderosa geração que nos deixou um legado, a nós, gerações vindouras, filhas e filhos de mulheres e homens carismáticos que lutaram para termos um lugar na mesa. Conseguiram reivindicar os nossos direitos. Agora, são nossos por nascença. São nossos por elas e por eles. Não será nosso dever usar a voz em prol do que estes nossos antepassados conquistaram e usá-la para defender aqueles que foram silenciados? Para que as próximas gerações não o tenham de fazer e para que se sentem à mesa, tal como fizemos…?
E, assim, hoje reforçamos a convicção de que o Feminismo não é um movimento exclusivo de mulheres. Independentemente das suas variantes democráticas, é um movimento heterogéneo e em constante evolução, político, filosófico e social que tem como objetivo alcançar a paridade de géneros através do empoderamento feminino e, especialmente, do reconhecimento desse poder (já existente) pela sociedade. O Feminismo inclui todos os géneros e sexualidades. Defende que todas as mulheres, de todas as cores, feitios e personalidades, sejam respeitadas por aquilo que são: seres humanos. No entanto, esta noção aparentemente radical tem vindo a ser mal interpretada. Mas, mesmo assim, como continuo a acreditar que são palavras e ideias que mudam o mundo, pergunto-me: afinal, o que é justo?
O ser Feminista é defender o direito da liberdade de escolha. Reserva a todas as mulheres a oportunidade de tomar decisões e de fazer escolhas que talvez não faríamos para nós. O feminismo tanto apoia mulheres cujo sonho é ser mãe, como outras que decidem abortar. O feminismo não subscreve o aborto, mas antes o poder de decisão. Sonha com um futuro em que as mulheres não têm poder absoluto, mas, sim, poder sobre si próprias. Um futuro com menos limitações e mais oportunidades.
O Feminismo não é uma luta entre géneros. Trata-se de, através da educação, reconhecer estereótipos e o sexismo enraizado na nossa sociedade, de modo a que, de forma inclusiva e inovadora, possamos evoluir juntos da melhor maneira possível.
O ser Feminista é sonhar com um futuro em que o movimento em si se torna irrelevante, por ter sido inteiramente concretizado. Um futuro onde não andamos a contar quantas líderes mulheres há em relação a homens. Se alguém ocupa esse cargo, é exclusivamente por mérito e não pelo seu género, cor ou sexo. Um futuro onde não há líderes femininos nem masculinos. Apenas líderes.
O Feminismo centra o holofote em temas adormecidos e casos perdidos entre as folhas do tempo, tal como vamos ver ao longo desta semana. É por eles que se quebra o silêncio. Hoje, a 1 de Março de 2022, começamos mais um ciclo: 6 temas, 18 histórias de mulheres inesquecíveis, várias mulheres portuguesas icónicas… Vamos viajar por entre décadas e pelo mundo em 8 dias, graças a uma equipa incrível de alunos e professores. 8 dias por 8 biliões de pessoas. O Feminismo é por e para todos.
Laura Ferros de Azevedo |
Laura Ferros de Azevedo
Parabéns Laura. Muito Bom. Bj.
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